No dia 08 de abril, foi comemorado o dia nacional do sistema Braille.

No dia 08 de abril, foi comemorado o dia nacional do sistema Braille.

O sistema Braille foi criado no século XIX por um rapaz completamente cego, chamado Louis Braille. Seu código original consiste em seis pontos dispostos em duas fileiras paralelas e cada conjunto de linhas representa uma letra. Este sistema permite até 64 variações, o suficiente para todas as letras do alfabeto e pontuação.

Os alunos do primeiro ano da E.E.B. Dr. Paulo Carneiro, receberam na manhã do dia 12 a visita da deficiente visual Cleusa, acompanhada de sua irmã Glorinha. A visita permitiu aos alunos a compreensão do cotidiano de um deficiente visual com relação à leitura, escrita, forma de locomoção na cidade, entre outras atividades diárias.

A professora Raquel, para ensinar o alfabeto, disponibilizou em painel a identificação das letras do alfabeto no formato tradicional, em Braille, e em libras (sinais para surdos-mudos), para que os alunos se familiarizem com as três formas de comunicação.

Durante a manhã, os alunos puderam observar na prática como o deficiente identifica as letras no momento em que a visitante preencheu uma régua com as letras do alfabeto e quando ela escreveu os nomes dos alunos com o auxilio de uma reglete (ferramenta que auxiliar o deficiente visual a escrever).

A Cleusa hoje freqüenta a Associação Tubaronense para Integração do Deficiente Visual (Atidev)*, ambiente que tem o objetivo de proporcionar ao deficiente visual maior grau de independência e autonomia, ensinando e orientando com relação ao sistema Braille (leitura e escrita), informação educativa (auxiliando com a informática e telefonia móvel), atividades de vida autônoma, orientação e mobilidade, levando-os para interação no centro da cidade.

Ficou como lição aos alunos que apesar da deficiência visual é possível, através de estudo e dedicação, ler, escrever e se locomover, sempre que possível, sem auxílio de outra pessoa.

Veja algumas dicas de como auxiliar um deficiente visual:

• Ao andar com uma pessoa cega, deixe que ela segure seu braço. Não empurre ou puxe: pelo movimento de seu corpo ela saberá o que fazer.
• Ao auxiliar a pessoa cega a atravessar a rua, pergunte-lhe antes se ela necessita de ajuda e, em caso positivo, atravesse-a em LINHA RETA, senão ela poderá perder a orientação.
• Ao orientá-la, dê direções do modo mais claro possível. Diga DIREITA ou ESQUERDA, de acordo com o caminho que ela necessite. NUNCA use termos como “ali”, “lá”.
• Se ela estiver sozinha, identifique-se sempre ao se aproximar dela.
• Ao se afastar da pessoa cega, avise-a para que ela não fique falando sozinha.
• Ao ajudá-la a sentar-se, coloque a mão da pessoa com deficiência visual sobre o braço ou encosto da cadeira e ela será capaz de sentar-se facilmente.
• Não tenha receio de avisá-la discretamente a respeito de sua roupa, no caso de meias trocadas, roupas pelo avesso, zíper aberto etc…
• Durante a refeição, pergunte-lhe se quer auxílio para cortar os alimentos, e informe quais os alimentos estão no prato.
• Se conviver com uma pessoa cega, as portas devem estar totalmente abertas ou completamente fechadas. Conserve os corredores livres de obstáculos. Avise-a se a mobília for mudada de lugar.
• Se você for a um lugar desconhecido para a pessoa cega, diga-lhe, muito discretamente, onde as coisas estão distribuídas no ambiente e quais as pessoas presentes.
• Ao apresentá-la a alguém, faça com que ela fique de frente para a pessoa apresentada. Dessa maneira ela poderá estender a mão e cumprimentá-la.

Fonte das dicas: Lar das moças cegas

*A Atidev (Associação Tubaronense para Integração do Deficiente Visual) é uma entidade sem fins lucrativos, que busca melhorias e mais dignidade para as pessoas que tem deficiência visual, cegos ou com baixa visão, sem distinção. Para quem tiver interesse em conhecer ou saber mais sobre a associação basta visitá-los na Rua Esteves Junior, 22, Edifício Esquina Center, salas 309 a 312 em Tubarão/SC. Ou através dp e-mail: atidevtubarao@hotmail.com